Como legal e legítimo representante, o Sindicato dos Servidores Públicos (Sindserv) de Mauá reuniu as agentes comunitárias de saúde (ACS) e agentes de combate às endemias (ACE), na quarta-feira (18), para esclarecer boato de que seriam desligadas da Prefeitura de Mauá, em razão de supostas irregularidades no processo seletivo de 2010. O departamento jurídico da entidade apresentou as decisões e recomendações do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCESP) e do Ministério Público (MP-SP).

Recentemente, circulou em mídias sociais e grupos de WhatsApp a informação de que os ACS e ACE seriam desligados da Prefeitura de Mauá em razão de supostas irregularidades no processo seletivo de 2010.
O boato gerou um ato falho do prefeito de Mauá, Marcelo Oliveira (PT), que em sua página do Facebook divulgou que teve uma reunião, no dia 20/07, com o “representante do sindicato da categoria”. No entanto, não houve reunião com qualquer diretor do Sindserv Mauá, que é a entidade sindical que representa legalmente os agentes comunitários de saúde e os agentes de combate às endemias no município.
Na reunião com os ACS’s e ACE’s, a advogada do Sindserv Drª Elenice Ferreira apresentou os fatos, documentos, decisões e recomendações do Tribunal de Contas e do MP e, com informações confiáveis, desfez os boatos e as ‘fake news’. Ao final, respondeu às perguntas e dirimiu dúvidas dos trabalhadores e trabalhadoras da Saúde.
Para o presidente do Sindserv, Jesomar Alves Lobo, a reunião foi esclarecedora e apresentou informações confiáveis. “Desde sempre nosso Sindicato lutou pelas ACS e ACE de Mauá e agora não poderia ser diferente, mas antes de conversar tínhamos que obter as informações de fontes confiáveis, ou seja, diretamente do Tribunal de Contas e do Ministério Público”, pontuou. “O que ficou claro e definitivo para todos é que não procede a informa de que serão desligadas da Prefeitura, essa onda de boatos surgiu de forma estranha e ainda não sabemos qual era a intenção, mas com muita competência o nosso departamento jurídico esclareceu tudo e agora podemos voltar a defender e representar os trabalhadores da nossa cidade”, informou.
Entenda
No processo seletivo de 2010, uma das etapas do concurso foi uma dinâmica de grupo que visava avaliar o perfil dos candidatos no trato com os pacientes. O auditor do TCE-SP entendeu que essa forma de avaliação era subjetiva.
Em 2017, o Ministério Público de São Paulo reconheceu que não houve má fé no processo e que não houve indícios de favorecimento. Recomendou que nos próximos concursos para ACS e ACE haja pelo menos dez dias úteis de inscrições e que não inclua etapa com exames psicotécnicos, avaliação de perfil, avaliação psicológica, entrevistas, dinâmicas de grupos, entre outros.





