Em reunião com o Sindicato dos Servidores Públicos (Sindserv) de Mauá, nesta quinta-feira (23), no Paço Municipal, a administração da prefeita Alaíde Damo ofereceu reajuste de 4% nos salários e vencimentos dos trabalhadores e apenas R$ 16 no auxílio alimentação. O funcionalismo está sem correção desde abril de 2017 e o percentual não corrige as perdas dos últimos 24 meses, que fechou em 7% nesse período. A entidade sindical apresentou, como alternativa, o parcelamento do índice inicial em duas etapas.

Reunião entre servidores e secretários municipais para discutir a contraproposta da administração. (Foto: Lucas Miranda/Sindserv)
Para o presidente do Sindserv, Jesomar Alves Lobo, se o governo municipal insistir nos 4% apenas, caberá aos servidores, em assembleia, definir como a questão será encaminhada. “Acho difícil que a nossa categoria aprove essa contraproposta de 4%, que mal cobre a metade das nossas perdas”, pontuou. “Quem vai decidir são os trabalhadores que participarem da Assembleia Geral e o que for decidido terá força de lei”, defendeu.
Durante a reunião de negociação foi explorada diversas opções formatos para contemplar da forma mais razoável a todos os trabalhadores, sem desconsiderar a situação financeira do município. O governo se comprometeu em reavaliar e uma nova rodada está agendada para a próxima segunda-feira (27).
Representaram a prefeita Alaíde Damo, na reunião com o Sindicato, os secretários de Governo, Finanças, Administração e Justiça, João Veríssimo Fernandes, Valtemir Pereira, Paulo Roberto Cordeiro e Rogério Cavanha Babichak, respectivamente.
Assembleia
A Assembleia Geral dos servidores e funcionários públicos da Prefeitura, Câmara Municipal e Sama para decidir sobre a contraproposta da administração está agendada para a próxima quarta-feira (29), às 18 horas em primeira chamada e 18h30 em segunda chamada, na sede do Sindserv (Rua Santos Dumont, 507, Vila Bocaina).
Retroativo
A administração considera o pagamento do reajuste a partir de maio, o Sindicato refutou essa possibilidade. “Nós encaminhamos a pauta no dia 13 de fevereiro e esse tempo foi mais do que hábil para negociar, mas se eles preferiram atrasar as negociações, não podem descontar isso no direito dos trabalhadores de terem a correção a partir de 1º de abril, como sempre foi feito em Mauá”, apontou Jesomar Lobo.