Em continuidade das tratativas junto à Administração para tentar garantir o compromisso de estender o recesso escolar às merendeiras da Rede Municipal de Ensino, o Sindicato dos Servidores Públicos (Sindserv) de Mauá procurou a Secretaria de Segurança Alimentar, nesta terça-feira (19), para verificar se há qualquer oposição à medida. Cabe agora à Secretaria de Educação avaliar se mantém o compromisso do governo municipal em manter a concessão.

Secretaria de Segurança Alimentar ressaltou que não há risco de desabastecimento de merenda nas escolas municipais, caso se conceda recesso escolar para merendeiras. (Foto: Sindserv/Lucas Miranda)
Segundo o secretário de Segurança Alimentar, Claudio Donizetti, o abastecimento das unidades escolares seguirá o calendário escolar estabelecido no início do ano. “Não haverá desabastecimento de merenda nas escolas, porque seguiremos o cronograma estabelecido por meio do calendário escolar”, explicou. “A decisão cabe à Educação, que é a responsável pelas merendeiras, e qualquer mudança só precisa ser comunicada oficialmente”, concluiu.
Para o presidente do Sindserv, Jesomar Alves Lobo, ficou claro que não haverá prejuízo ao abastecimento de merenda nas escolas municipais ao conceder o recesso escolar às merendeiras. “Nenhum aluno ficará sem merenda por estender o recesso escolar às merendeiras, já que pode haver revezamento para que mantenham as 13 escolas-polo que permanecerão abertas”, avaliou. “Agora precisamos contar com a sensibilidade da secretária para conquistar esse justo descanso às trabalhadoras”, argumentou.
O recesso escolar é uma pausa nas atividades escolares para descanso e recuperação dos alunos, professores e auxiliares de desenvolvimento infantil. “Como parte integrante do processo pedagógico, as merendeiras devem fazer jus a esse direito”, defendeu Lobo.
Decisão
Na última sexta-feira (15), diretores do Sindserv se reuniram com a secretária de Educação, Denise Debartolo, para apurar informação sobre restrição da concessão de recesso às merendeiras e auxiliares de desenvolvimento infantil (ADI).
A Educação estuda a possibilidade de estender o recesso escolar às merendeiras e informou que consultaria a Segurança Alimentar antes de tomar uma decisão. O Sindicato se antecipou ao também consultar a pasta.
Merendeiras
Em novembro do ano passado, as merendeiras acionaram o Sindicato para solucionar problemas de baixo efetivo que ocasionam problemas de saúde devido a sobrecarga de trabalho. Além de acabar ou regulamentar com a função de merendeira-volante (que não tem escola definida) e pleitear direito ao recesso escolar.
O Sindicato conduzia as tratativas junto à Secretaria de Educação e ao governo municipal para avançar na resolução dessas demandas e elaborar um projeto de lei para garantir as eventuais conquistas, mas as negociações tiveram que ser interrompidas em função das consequências da operação “Prato Feito”, da Polícia Federal, no município.