Os servidores públicos de Mauá aprovaram, nesta quarta-feira (25), na sede do Sindicato da categoria (Sindserv), o início do Estado de Greve para manter a luta por reajuste salarial. A condição dos trabalhadores é uma das etapas que antecede a deflagração de greve. O funcionalismo também rejeitou a proposta da Prefeitura, encaminhada momentos antes da assembleia, de retomar as negociações após a vigência do decreto que declara a calamidade financeira na cidade.

Servidores públicos de Mauá aprovaram Estado de Greve para forçar a continuidade das negociações. (Foto: Lucas Miranda/Sindserv Mauá)
Para o presidente do Sindserv, Jesomar Alves Lobo, a assembleia foi democrática e deu voz a todos que quiseram fazer uso da palavra. “Nesse momento conturbado é de suma importância escutar a categoria e o Sindicato hoje cumpriu com seu papel de representar os interesses dos trabalhadores”, ressaltou. “Muitos servidores contribuíram com sugestões que fortalece a entidade e amplia sua aproximação com a base”, pontuou.
O Estado de Greve é um alerta enviado às autoridades sobre a possibilidade de início da greve. Com isso, os trabalhadores da Prefeitura esperam manter a mesa de negociação e buscar garantias para que o governo municipal adote, de fato, medidas para recuperar as finanças do município.
Os trabalhadores aprovaram, ainda, que o Sindserv encaminhe ofício ao Ministério Público para solicitar apuração e acompanhamento em relação às movimentações financeiras da Prefeitura. A medida visa verificar se o decreto que declara a calamidade não é um engodo.

Sindserv vai encaminhar ofício ao Ministério Público para solicitar apuração e garantir recuperação financeira da Prefeitura. (Foto: Lucas Miranda/Sindserv Mauá)
Contraproposta
Os servidores públicos rejeitaram a contraproposta, encaminhada pela Prefeitura momentos antes do início da assembleia geral, de retomar as negociações após a vigência do decreto de calamidade. A categoria, no entanto, exige a continuidade das tratativas, mesmo dentro do prazo de 120 dias estipulados pela decretação.
Apesar de rejeitar a proposta em relação ao adiamento das negociações, os servidores aprovaram a majoração do auxílio alimentação para R$ 390, a partir de agosto, aos trabalhadores que recebem até três vezes o menor salário da folha.
Embora os servidores tenham aceitado o incremento ao benefício, a categoria entende que trata-se de uma antecipação de um dos itens da pauta de reivindicações. Os demais itens, como a revisão salarial retroativa à abril e a ampliação do auxílio alimentação para todos os funcionários, deverão ser negociados pelo Sindserv para aplicação após a vigência do Decreto nº 8.444/2018, assim que a Prefeitura recobrar a estabilidade financeira.
Comissão
O Sindicato absorveu, e a assembleia aprovou, a sugestão de um servidor para inclusão de trabalhadores que não integram a direção da entidade na comissão que negociará junto à Prefeitura, durante o Estado de Greve. Três servidores se apresentaram e foram referendados.

Três servidores que não integram a direção do Sindserv poderão participar das reuniões de negociação durante o Estado de Greve. (Foto: Lucas Miranda/Sindserv)
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