Foi aprovado ontem (18), na Câmara Municipal de Mauá, o projeto de lei que altera a forma de pagamento do auxílio transporte dos servidores públicos municipais. Com 18 votos favoráveis, o benefício poderá agora ser pago em pecúnia ou bilhete eletrônico. Os trabalhadores atenderam ao chamado do Sindicato dos Servidores e Funcionários Públicos (Sindserv), que vai reivindicar junto ao prefeito Marcelo Oliveira que seja concedida aos trabalhadores a autonomia para optar entre os formatos.
No início da sessão, o vereador Admir Jacomussi atendeu a um pedido do Sindserv e solicitou uma interrupção por 15 minutos para uma reunião entre os demais parlamentares e a diretoria do Sindicato. A mesa diretora consentiu.
Na reunião, os diretores do Sindserv e uma comissão de servidores apresentaram diversos argumentos para refutar as justificativas do projeto. Abordou-se a questão da perda de autonomia para os servidores escolherem o melhor modal de transporte público em dias de intempéries, o preço mais caro da tarifa na modalidade vale-transporte no sistema municipal, e o combate às fraudes e irregularidades nos casos de mau uso do benefício ou de desvio de finalidade.
Os vereadores fizeram perguntas e buscaram esclarecimentos sobre a forma de utilização do benefício pelos servidores. Também estavam presentes o secretário de Governo, Leandro Dias, e o chefe de gabinete do prefeito, Hélcio Silva.
Por fim, o presidente da Câmara Municipal, vereador José Carlos da Silva Martins, o Zé Carlos Nova Era, cumprimentou o Sindicato, os servidores e os parlamentares, e comprometeu-se em intermediar, se necessário, o diálogo entre Sindicato e governo.
Após a retomada da sessão, o vereador Sargento Simões solicitou o adiamento da votação por duas semanas, o pedido foi indeferido pela maioria.
O projeto foi aprovado com 18 votos favoráveis. Os vereadores Admir Jacomussi, Alessandro Martins e Sargento Simões votaram de forma contrária e em favor dos servidores. Estava ausente apenas o vereador Irmão Ozelito.
Segundo o presidente do Sindserv, Jesomar Alves Lobo, o projeto não elimina a possibilidade do pagamento do auxílio transporte em pecúnia. “O projeto aprovado não proíbe o pagamento em espécie e é em cima desse dispositivo que vamos procurar o prefeito para dialogar no sentido que seja mantida a autonomia do trabalhador”, pontuou. “O presidente [Zé Carlos] Nova Era já se colocou à disposição e vamos precisar”, completou.




