Nota de pesar: morre o ex-prefeito Amaury Fioravanti

É com imensa tristeza e pesar que nós, servidores públicos de Mauá, recebemos a notícia do falecimento do ex-prefeito Amaury Fioravanti, nesta segunda-feira (20), em Mauá.  A causa da morte foi insuficiente cardíaca. Não haverá velório.

Oferecemos nossos sentimentos aos familiares, amigos e admiradores.

Podemos afirmar que o professor Amaury foi o melhor prefeito de Mauá para os funcionários públicos da cidade. Em 1989, o então prefeito concedeu reajuste de 100% a todos os funcionários públicos.

amaury

Biografia

Amaury Fioravanti nasceu em Tabapuã, no interior do Estado de São Paulo, em 8 de agosto de 1931, filho de Benedicto Fioravanti e Antonia Rosa da Silva. Viveu toda sua juventude no interior, formando-se no Magistério e trabalhando como Professor. Casou-se com Carlota Carmona Fioravanti em 3 de julho de 1955. Morou ainda nas cidades de Poloni e Monte Aprazível, onde chegou a ser gerente de Banco, antes de se transferir para a capital São Paulo, morando no bairro do Brás. Por fim, achou emprego como professor na Escola Estadual “Viscondinho”, em Mauá, sendo que, deciciu se mudar em definitivo para cidade em 1961. Em Mauá, além de professor, foi auxiliar de farmacêutico, e comerciante dono de avícola e de Bar. Foi ainda presidente da Associação Atlética Industrial, uma associação de muito prestígio e importância na sociedade mauaense da Década de 1960.”

Político

“Durante a Ditadura Militar Brasileira, Amaury fez oposição ao regime opressivo, se afiliando ao MDB. Concorreu ao cargo de Vice-prefeito pelo MDB na chapa em que Ariocy Rodrigues Costa concorreu à Prefeitura, sendo ambos derrotados. Concorreu ao cargo de prefeito pela primeira vez na eleição de 1969, ficando em segundo lugar nos votos, perdendo para Américo Perrella.”

Primeiro mandato como Prefeito

“Concorreu pela segunda vez à Prefeitura de Mauá, tendo Manoel Moreira como seu candidato à Vice. Acabou eleito, derrotando ao ex-prefeito por duas vezes Élio Bernardi da ARENA. Redes de água e esgoto, iluminação pública, pavimentação de ruas e a regularização da rede de transporte público foram as principais áreas de atuação de suas gestões. Foi em sua primeira gestão, em 1975 que foi entregue ao público o Parque Ecológico Gruta Santa Luzia, com paisagismo projetado por Burle Marx. Ainda durante seu primeiro mandato, a Prefeitura passou a organizar anualmente Olimpíadas Municipais realizadas no antigo Ginásio Poli-esportivo.

Foi durante este governo, que a Prefeitura construiu o Paço Municipal Irineu Evangelista de Souza, atual prédio da Prefeitura, inaugurando-o em 9 de abril de 1976 . A Municipalidade ainda comprou terrenos particulares às margens do Rio Tamanduateí, no centro, em seguida retificando o rio e construindo a Avenida Marginal Antônia Rosa Fioravanti. Na gestão de Amaury, foi entregue à população o Viaduto Presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira.

Em 1974, Amaury chegou a sofrer um processo de Impeachment, movido por um vereador de sua base de sustentação, Apparecido Sanvidotti. No entanto, a votação não ocorreu por falta de quórum, provocada pelo próprio vereador Apparecido, e Amaury manteve-se no mandato até o final.

Por fim, Amaury escolheu para seu candidato à sucessão na Prefeitura, o dentista Dorival Resende, uma aposta arriscada já que, apesar de ser uma figura popular e respeitada, nunca havia desempenhado nenhum cargo público relevante. Dorival foi eleito,e Amaury conseguiu eleger seu sucessor pelo MDB.

Amaury Fioravanti foi Secretário Municipal de Educação na gestão de Dorival Rezende. Concorreu novamente à Prefeitura na eleição de 1982, mas o eleito foi Leonel Damo do PMDB.”

Segundo mandato como Prefeito

“Concorreu novamente ao cargo de Prefeito, agora filiado ao Partido Liberal, em 1988, sendo eleito dessa vez, tendo Hélio Fioravanti Agnello como seu Vice, e deixando na segunda colocação, o candidato governista José Carlos Grecco. No seu governo, a Prefeitura canalizou o Rio Tamanduateí e os córregos Corumbé e Bocaina. No entanto, para realizar essas obras, a Prefeitura precisou de um financiamento milionário com a Caixa Econômica Federal, o qual deveria ser pago em váris prestações ao longo dos próximos anos. Por causa disso, Amaury Fioravanti é até hoje lembrado como o prefeito que iniciou as polêmicas dívidas da Prefeitura com a Caixa. A situação só piorou nos anos seguintes, quando as prestações deixaram de ser pagas e a dívida chegou ao ponto de, em 2006, chegar a R$660 milhões de Reais, levando ao seqüestro do repasse mensal do Fundo de Participação dos Municípios ao qual a Prefeitura tinha direito.

Já, durante seu segundo mandato eleito, em 1990, municipalizou o Hospital Nardini, o qual foi construído na Década de 1970 para ser privado, mas fora encampado em 1985, sendo desde então Público Estadual. No convênio firmado, as instalações físicas continuaram pertencentes ao patrimônio estadual, porém ficaram cedidas para pleno uso e gestão municipal.”

Pós-Prefeitura

“Por duas décadas, entre 1972 e 1996 o grupo político liderado por Amaury Fioravanti dividiu o poder político e o voto da maior parte dos eleitores de Mauá com os Damistas, com candidatos representantes desses grupos se alternando no cargo de Prefeito. Em 1996, no entanto, Amaury concorreu á um terceiro mandato pelo PTB, mas, obteve apenas 4% dos votos, ficando em 4° lugar (o vencedor do pleito foi Oswaldo Dias, em segundo ficou Leonel Damo e em terceiro Cincinato Freire). Agora os dois grupos políticos mais fortes da política mauaense eram os Damistas e os Petistas. Desde então, não concorreu á mais nenhum cargo eletivo, embora, tenha participado ativamente das campanhas eleitorais de 2000, 2004 e 2008 sempre apoiando o correligionário Chiquinho do Zaíra. Em 2013, apoiou publicamente Vanessa Damo na campanha para Prefeita. Foi também Secretário de Planejamento na gestão do ex-prefeito Leonel Damo entre 2007 e 2008.

A mãe do ex-prefeito foi homenageada, batizando a Avenida Marginal do Centro. Um de seus filhos, Amaury Fioravanti Júnior já foi eleito vereador pelo município de Mauá.”

(Fonte: Wikipedia)

Amaury Fioravanti

Mandatos: 01/02/1973 a 31/01/1977 e 01/01/1989 a 31/12/1992
Gestões: 01/02/1973 a 31/01/1977 e 01/01/1989 a 31/12/1992

Relato do próprio Amaury Fioravanti.

Nasceu em Tabapuã, interior de São Paulo, em 08 de agosto de 1931.

Seus pais: Benedicto Fioravanti e Antonia Rosa da Silva.

Morava com sua família no interior, onde passou sua infância e juventude. Fez o antigo curso Normal, hoje equivalente ao Magistério.

Amaury casou-se em 03 de julho de 1955 com Carlota Carmona Fioravanti, também da região, e o casal mudou-se para Poloni.

O início de sua carreira como professor não foi fácil, e então deu aula em sítios no interior para que conseguisse iniciar sua contagem de pontos (experiência). Trabalhou numa Escola do distrito de Monte d’Ouro, à época município de Monte Aprazível. Surgiu-lhe a oportunidade de ser gerente de banco.

Amaury estava em dúvida: ser gerente do Banco Intercontinental do Brasil S.A. ou continuar como professor. Escolheu pedir licença na Escola, e também remoção para São Paulo. Como a licença demorou, e não queria perder a chance de se tornar efetivo no Estado, abandonou a gerência do Banco.

Foi à Capital à procura de Escolas com vagas, hospedando-se na casa de seus tios no bairro do Brás. Conheceu uma professora que indicou-lhe vagas em Mauá. Ele não fazia idéia da localização desta cidade, e a professora lhe explicou. Desembarcou do trem e foi indicado ao Viscondinho, onde finalmente conseguiu acertar sua transferência.

Em 18 de maio de 1961 resolveu ficar definitivo em Mauá, pois até então morava com os tios no Brás. Alugou uma casa no bairro da Matriz, a rua chamava-se Itaqui, hoje é denominada R. Padre Antônio Negri, e foi ao interior buscar sua família. A essa altura, seus filhos estavam com cerca de 3 e 4 anos, o mais velho é Fernando, e o caçula, Amaury Júnior.

Mesmo trabalhando como professor, que na época era permitido apenas trabalhar meio período, foi ajudante de farmacêutico, montou uma avícola e também um bar, aos arredores da atual Praça da Bíblia. Sua esposa e seus filhos sempre ajudando. Com o tempo, foi trazendo seus pais, irmãos, primos…

Passou a ser presidente da Associação Atlética Industrial, quando ainda tinha piscina na sede do Coke Luxe. Do Viscondinho, saiu para trabalhar no Antônio Prado Jr., que funcionava no prédio da Vidrobrás (Santa Marina hoje), dando aula também na E.E. Izilda Nascimento e na E.E. Maria Helena Colônia.

Amaury estudou Ciências Físicas e Biológicas em Mogi, e depois de muitos anos, voltou lá para estudar Direito. Começou sua vida política candidatando-se à vice de Ariocy Rodrigues Costa, mas essas eleições foram um pouco conturbadas para o partido ao qual pertencia, o MDB. Os componentes entenderam que podiam lançar três candidatos para o cargo de prefeito e de vice, e realmente assim o fizeram no que diz respeito ao prefeito, mas estavam lançando somente um vice.

Às pressas, lançaram outros dois nomes, mas com poucos dias antes das eleições, o juiz indeferiu as candidaturas dos vices. Candidatou-se a prefeito pela 1ª vez e perdeu, em 1970. Venceu as eleições, e exerceu o mandato de 1973 a 1977. Ficou afastado da Prefeitura por dois anos e voltou como Secretário de Educação. Tentou eleger-se a prefeito outras duas vezes, e conseguiu na última delas. Depois disso, tentou outra vez, mas perdeu.

Seu filho se interessou pela política. Foi vereador, e tentou o cargo de deputado. Não venceu e também não quis mais saber da vida política.

PAÇO MUNICIPAL DE MAUÁ ANO I (1977)

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Dia 9 de abril de 1977 o Paço Municipal Irineu Evangelista de Souza comemorou seu primeiro aniversário, Esta casa onde se reúnem todas as coordenadoria com exceção da Educação, (CE-CESPS) vem dando um ótimo serviço à coletividade. Inaugurada na administração Amaury Fioravanti, o Paço foi um marco de sua pujante administração, e serve assim ao melhor desenvolvimento de trabalho de seus funcionários e procura também atender cada vez mais e melhor o munícipe, um ano de vida tem esta casa e faremos tudo para conserva-la.

Fonte: A Voz de Ribeirão Pires de 14 a 20 de abril de 1977. Disponível em: https://web.archive.org/web/20171008081057/http://www.mauamemoria.com.br/2015/01/paco-municipal-de-maua-ano-i-1977.html

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