A diretoria do Sindicato dos Servidores Públicos (Sindserv) de Mauá se reuniu, nesta terça-feira (23), para definir novas estratégias para a campanha salarial deste ano. Diferente das passagens anteriores, agora a prefeita Alaíde Damo assumiu o comando do Executivo de forma definitiva. Para iniciar as tratativas, a entidade encaminhou novamente a pauta de reivindicações e solicitou uma reunião para a próxima semana a fim de apresentar a proposta. O funcionalismo municipal está há dois anos sem correção nos salários.

Antes do impeachment do prefeito Atila Jacomussi, diretores do Sindicato fizeram plantão no Paço para obter uma agenda de reuniões juntos aos secretários de Governo e Administração, Paulo Sérgio Pereira e Marcos Eduardo Camargo Maluf, respectivamente, a fim de tratar da campanha salarial, mas o governo procrastinou o quanto pode até ser deposto.

Para o presidente do Sindserv, Jesomar Alves Lobo, há a necessidade de reiniciar os trâmites da campanha. “Precisamos encaminhar novamente a pauta aprovada pela categoria e buscar o agendamento de uma reunião urgentemente”, pontuou. “Não podemos ficar mais um ano sem reajuste e vamos buscar o diálogo mas sem abrir mão dos instrumentos que a legislação concede à classe trabalhadora”, concluiu.

Em 2018, o presidente do Sindserv, Jesomar Alves Lobo, usou um carro de som para manifestar o descontentamento dos trabalhadores à falta de vontade da prefeita Alaíde Damo em conceder uma correção nos salários do funcionalismo. (Foto: Sindserv Mauá)

Sem reajuste salarial desde 2017, os servidores públicos de Mauá reivindicam a correção das perdas corrosivas da inflação que atualmente está em 7,26%, além de aumento real de 5%, abono mensal de R$ 300 com incorporação definida e aumento do auxílio alimentação para R$ 475, para equiparar o benefício à cesta básica medida pelo Dieese.

No total, a correção dos salários e do auxílio-alimentação dos servidores e funcionários públicos representa cerca de 3,5% do total da estimativa de arrecadação para 2019.