Prefeitura sustenta projeto, mas aceita abrir diálogo com Sindserv por auxílio-alimentação e incorporação de abono

Na manhã desta quinta-feira (5/6), o Sindicato dos Servidores e Funcionários Públicos de Mauá (Sindserv) participou da sessão da Câmara Municipal para tratar do projeto de lei relacionado à campanha salarial da categoria. A entidade solicitou a suspensão temporária da sessão legislativa para uma reunião emergencial com os parlamentares e representantes do governo, com o objetivo de buscar um canal de diálogo mais efetivo.

O pedido foi atendido, e a reunião contou com a presença do secretário de Governo, Helcio Silva. No encontro, os representantes do Sindserv apresentaram aos vereadores e ao Executivo o contexto das reivindicações da categoria, destacando a importância de um reajuste salarial compatível com as perdas acumuladas pela inflação e de melhorias nos benefícios concedidos aos servidores.

Durante a reunião, a administração municipal reforçou as dificuldades orçamentárias enfrentadas atualmente e argumentou que o projeto em tramitação representa o limite de reajuste possível neste momento. Ainda assim, o governo se mostrou disposto a avançar no diálogo com o Sindicato em outros pontos.

Negociação sobre auxílio-alimentação será reaberta

Um dos encaminhamentos mais relevantes do encontro foi o compromisso do Executivo em reabrir a mesa de negociação sobre o valor do auxílio alimentação, benefício que pode ser ajustado por decreto. O Sindserv solicitou a retomada da discussão como alternativa viável para atender parte das reivindicações da categoria. A gestão municipal concordou com o pedido e deve agendar, nos próximos dias, uma nova reunião específica para tratar do tema.

Incorporação do abono será feita em 2026

Outro ponto debatido foi a incorporação ao salário do abono mensal de R$ 150. A medida não estava contemplada na redação original do projeto. Após as discussões, o governo municipal firmou compromisso com o Sindserv e os vereadores de que a incorporação será efetivada a partir de janeiro de 2026.

Segundo Maralisa Dias, vice-presidente do Sindserv, embora não tenha havido mudança no projeto em tramitação, foi possível garantir a continuidade do diálogo entre as partes. “Nosso objetivo era buscar a retirada ou o adiamento do projeto, o que não ocorreu. Por outro lado, conseguimos a reabertura da mesa de negociação sobre o auxílio-alimentação e o compromisso com a incorporação do abono. Continuamos acompanhando de perto e defendendo os interesses da categoria com responsabilidade e disposição para o diálogo”, afirmou.

Próximos passos

Conforme deliberado em assembleia, o Sindserv continuará as tratativas com a administração municipal, com foco inicial na melhoria do auxílio-alimentação. A entidade reafirma seu compromisso com a defesa dos direitos dos servidores de forma responsável.

O diretor executivo Marcelo Orfão explanou sobre o contexto da campanha salarial e ressaltou que a proposta do Sindicato é recompor minimamente as perdas da inflação. (Foto: Lucas Miranda/Sindserv)
O Auxiliar de Desenvolvimento Infantil Arubes Pereira ressaltou a importância de priorizar os servidores no Orçamento Municipal. (Foto: Lucas Miranda/Sindserv)
O secretário de Governo, Helcio Silva, defendeu a aprovação do projeto, mas se comprometeu em reabrir o diálogo. (Foto: Lucas Miranda/Sindserv)
Os servidores públicos municipais acompanharam a votação do projeto com indignação. (Foto: Lucas Miranda/Sindserv)
Apesar dos pedidos pela retirada ou adiamento, o projeto de lei foi aprovado pela maioria. (Foto: Lucas Miranda/Sindserv)

2 comentários sobre “Prefeitura sustenta projeto, mas aceita abrir diálogo com Sindserv por auxílio-alimentação e incorporação de abono

  1. Os vereadores de Mauá alegam dificuldades orçamentárias para conceder um reajuste digno aos servidores públicos, mas curiosamente não encontraram obstáculo algum quando, em junho de 2023, aprovaram um aumento de 50% nos próprios salários, que passaram de R$ 12 mil para R$ 18 mil a partir de janeiro de 2025. Fica difícil acreditar em falta de recursos quando a prioridade parece ser sempre o benefício próprio, enquanto os trabalhadores seguem lutando por direitos básicos como um auxílio-alimentação decente e a incorporação de um simples abono de R$ 150.

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  2. espero que não seja o aumento ridículo de R$ 20,00, que não dá para comprar nem 3 caixas de leite, é uma vergonha, só migalhas para o trabalhador…. Lamentável 😦

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