Sem diálogo com os trabalhadores ou com o Sindicato dos Servidores Públicos (Sindserv), a Secretaria de Saúde de Mauá determinou, na semana passada, a transferência de cerca de 200 profissionais da saúde e auxiliares de apoio operacional do Hospital de Clínicas Dr. Radames Nardini para as Unidades de Pronto Atendimento (UPA). A medida foi arbitrária e fez uso de poder discricionário para impor um novo local de trabalho, sem tempo hábil para adaptação da rotina.
Segundo o presidente do Sindserv Mauá, Jesomar Alves Lobo, a Secretaria pode transferir servidores, mas poderia também adotar uma conduta mais humana e transparente. “Não estamos questionando o poder de transferir servidores que a Secretaria ou a Prefeitura tem, isso é poder discricionário, mas questionamos a forma como isso foi feito”, pontuou Lobo. “Gostaríamos que o processo tivesse ocorrido por meio do diálogo com o Sindicato e com os servidores para reduzir danos aos trabalhadores, já que a medida muda completamente a rotina do trabalhador”, lamentou.
Em reunião na Secretaria de Governo, o Sindserv foi informado que o contrato entre Prefeitura de Mauá e Fundação do ABC determina que a gestão do hospital deve ser plenamente entregue à organização social de saúde, enquanto nas UPA’s e Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) a gestão é complementar.
Na última sexta-feira (17), os diretores do Sindiserv visitaram as UPA’s para conversar com os servidores transferidos e avaliar a possibilidade de chamar uma reunião ampliada a fim de elaborar uma pauta a ser discutida para tentar amenizar os possíveis desgastes causados aos trabalhadores.

Governo esclareceu as dúvidas do Sindserv Mauá