Após a administração municipal anunciar que pretende alterar a forma de pagamento do auxílio-transporte, o Sindicato dos Servidores e Funcionários Públicos (Sindserv) de Mauá protocolizou um ofício e solicitou o agendamento de uma reunião urgente. No documento, encaminhado na sexta-feira (30), a entidade questiona a iniciativa que trará prejuízos ao município.
Após apuração de um inquérito do Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) sobre um suposto esquema de uso indevido do benefício, a Prefeitura de Mauá firmou um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) em que se compromete a alterar a forma de pagamento para cartões com créditos eletrônicos. O Sindicato, na qualidade de representante legal dos servidores, sequer foi consultado.
De acordo com o presidente do Sindserv, Jesomar Alves Lobo, o pagamento do auxílio transporte em pecúnia ocorre há décadas e nunca foi objeto de questionamento. “O custeio do auxílio transporte em pecúnia é disponibilizado desde 1993, sendo que a maioria dos servidores públicos utilizam do auxílio transporte como meio de deslocamento da residência para o trabalho e vice-versa”, defendeu.
Caso o auxílio-transporte seja pago em forma de cartão ou bilhete eletrônico, as empresas de bilhetagem serão a parte mais beneficiada, já que nesse formato o valor da tarifa é maior e os servidores perderão sua autonomia de escolher o melhor modal do transporte público. A iniciativa será mais onerosa financeiramente para o município.
Uma reunião está agendada para esta semana na Secretaria de Administração. Mesmo assim o Sindserv avalia as medidas judiciais cabíveis.





